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Reza para Iansã


Não sou feito de força
Enfrento o que há dentro
Rezo pro vento
Faço-me tempestade.

Nem tanto há homem
Divido-me em nove
Corro dez mundos
Bebo das tuas fontes
Teus poderes agora correm em mim.

Meus inimigos guerreiam
Iansã toma a frente
Flutua de branco
Oyá balé mariô
Come meus inimigos
e seus pecados arriados nos meus pés.

É o movimento a me movimentar
Desperta-me pros sonhos
Embaraça as realidades
Em todas encruzilhadas
Nó de desatar.

Foi Bamburucema que me derrubou
Chamou
Apresentou
Cuidou
Abriu espaço para Xangô apontar os desafios.

Mulher-fogo queimando minhas entranhas
Menina-mulher
Pesadelo das puritanas
Suas saias são meus olhos
Sua adaga minha língua
Me mima
Me ama
Se desvia
Deixa-me ir.

É Oyá que me abala
É Oyá que me resguarda
É Oyá que floresce minhas paixões
E renova o meu viver.
É ela com seus raios
A luminar meu futuro sombrio
Oyá faceira de tantas conquistas
Menina dos olhos de Obaluaê.

Está longe
Está perto
Está em todos meus desertos

Faz morada no meu ser.

Por: Van Sena
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