Van Sena é macumbeiro, filho de Obaluaê,
sobrinho-neto de uma Yalorixá de Iemanjá, sobrinho de uma Egbomi de Iansã e
Filho de uma (“ex”) ekedi de Iemanjá (atualmente minha mãe é evangélica, risos).
Passeava pelos terreiros de candomblé desde de criança quando era levado por
sua mãe. Se desviou do caminho do axé, demorou para encontrar um ilê e, em meio
a tantas turbulências, encontrou e após ser chamado na “xinxa” pelo Velho,
aceitou o convite e iniciou-se para o orixá. Costuma dizer que ele não é do
candomblé, ele é do orixá e estar no candomblé, entretanto deseja estar bem
neste espaço.
No universo acadêmico possui formação como
Bacharel em Artes com concentração em Dança (2016) e ingresso do curso de
Licenciatura em Dança (2017), coautor de artigo no livro Discriminação e
Racismo nas Américas – Um problema de Justiça, Equidade e Direito Humanos (2016).
Desenvolve pesquisa ligado ao culto aos orixás, vodus e mikisse que se articula
com sua carreira artística como bailarino, coreógrafo, professor de dança e expressão
corporal e dramaturgo.
Um homem reconhecedor das suas potências e
fragilidades, que busca se fortalecer humanamente através da espiritualidade,
afetividade, cuidados do corpo-subjetividade-intelectualidade é um homem capaz
de fazer uma revolução – mais do que no mundo, em si mesmo.